Disputa acirrada para a Prefeitura Municipal de Icó entre o ex-prefeito Aldo Monteiro (in memorian) e o então candidato Neto Nunes (PMDB), que depois viria a ser o vitorioso.
Aldo tinha como companheiro de chapa, Aquino Botão, que já havia sido seu chefe de gabinete quando o mesmo foi prefeito na década de 1980. Já o vice-prefeito da coligação de Neto Nunes, hoje deputado estadual, era o advogado Fabrício Moreira, um dos personagens do "Tiradas do Baú" desta segunda-feira (08).
Durante a campanha eleitoral, a jovem dupla Neto e Fabrício, tentavam convencer o eleitorado icoense entre a continuação de um modelo de gestão e a renovação por eles representada. Era prefeito na época, o médico Quilon Peixoto Farias (PSDB) que, por sua vez, o seu grupo preferiu apoiar o candidato Aldo Monteiro depois de uma reunião realizada na sede da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil). Acreditavam que seria fácil derrotar a oposição, com um nome experiente, caleijado e com inúmeras excelentes ações administrativas implementadas enquanto prefeito entre 1983 e 1988 (seis anos de mandato). Mas não foi bem o que vimos.
A dupla Neto e Fabrício realmente foi a sensação daquela eleição. As ruas paravam para vê os seus eloquentes discursos. Os comícios eram lotados. E o resultado é o que todos nós já sabemos. Foram eleitos para governarem o município de Icó entre 1997 e 2000.
Durante a campanha, um "jargão" que ficou muito conhecido e até hoje é lembrado foi, por três meses, pronunciado pelo então candidato a vice-prefeito Fabrício Moreira, um mote eleitoral, para a época, muito adequado, já que o município não prosperava e vivia sob a administração de um ex-prefeito que já havia sido prefeito durante o período ditatorial em que viveu o Brasil. A frase "O poder que não se renova, apodrece!" deu o tom de todo aquele processo. Em todos os seus discursos, sempre muito bem embasados, Fabrício usava esta expressão para comparar os governos municipais passados e o que poderia vir caso a dupla fosse eleita, como de fato ocorreu (depois reeleita, mas este é outro assunto). E, cá entre nós, realmente deve existir a "renovação de poder" em todos os sentidos.
Enquanto isso...
No ano de 2004.
Eleição em Icó (CE) entre o médico Cardoso Mota (PSDB) e o advogado Fabrício Moreira (hoje sem partido, na época no PL, depois virou PR), então vice-prefeito do município. O primeiro teve como companheiro de chapa, o ex-prefeito tampão, Jaime Júnior (DEM). Já o segundo teve a companhia do "boa praça" Dácio Pinto Amâncio, atualmente secretário municipal de Infraestrutura.
Um "jargão" muito usado nessa difícilima campanha eleitoral partiu da iniciativa de Dácio. Naquela ocasião, o então candidato Cardoso Mota, como hoje ainda pertence a este partido, foi candidato a prefeito pelo PSDB, cujo seus membros são conhecidos como "tucanos" e cujo número eleitoral é o "45".
Pois bem!
Na grande maioria dos comícios realizados pela coligação situacionista capitaneada pelo advogado Fabrício Moreira, o seu postulante a vice, Dácio Pinto, geralmente, ao final de seu discurso, sempre pronunciava a frase: "4 + 5 é igual a 9, 9 noves fora é nada", numa alusão ao número "45" da campanha tucana. E este "mote" levou os seus eleitores a sempre usar nas ruas, nos botequins e nas rodas de amigos. Era uma forma de atiçar os eleitores da chapa adversária.
Resultado: A candidatura tucana venceu a eleição (já havia sido derrotada no ano 2000 com o mesmo candidato) e a continuidade perdeu, depois de oito anos de governo Neto Nunes. Para muitos, aconteceu o que já havia ocorrido em 1996. O povo preferiu a "mudança". Colocamos "mudança" entre aspas porque o resultado todo mundo assistiu logo após. Os próximos quatro anos seria de desgoverno total, culminando até em afastamento de prefeito por ordem judicial devido a "corrupção" instalada, à época, no Palácio da Alforria.
São histórias vividas e jamais esquecidas na "Terra dos Icós".
Aldo tinha como companheiro de chapa, Aquino Botão, que já havia sido seu chefe de gabinete quando o mesmo foi prefeito na década de 1980. Já o vice-prefeito da coligação de Neto Nunes, hoje deputado estadual, era o advogado Fabrício Moreira, um dos personagens do "Tiradas do Baú" desta segunda-feira (08).
Durante a campanha eleitoral, a jovem dupla Neto e Fabrício, tentavam convencer o eleitorado icoense entre a continuação de um modelo de gestão e a renovação por eles representada. Era prefeito na época, o médico Quilon Peixoto Farias (PSDB) que, por sua vez, o seu grupo preferiu apoiar o candidato Aldo Monteiro depois de uma reunião realizada na sede da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil). Acreditavam que seria fácil derrotar a oposição, com um nome experiente, caleijado e com inúmeras excelentes ações administrativas implementadas enquanto prefeito entre 1983 e 1988 (seis anos de mandato). Mas não foi bem o que vimos.
A dupla Neto e Fabrício realmente foi a sensação daquela eleição. As ruas paravam para vê os seus eloquentes discursos. Os comícios eram lotados. E o resultado é o que todos nós já sabemos. Foram eleitos para governarem o município de Icó entre 1997 e 2000.
Durante a campanha, um "jargão" que ficou muito conhecido e até hoje é lembrado foi, por três meses, pronunciado pelo então candidato a vice-prefeito Fabrício Moreira, um mote eleitoral, para a época, muito adequado, já que o município não prosperava e vivia sob a administração de um ex-prefeito que já havia sido prefeito durante o período ditatorial em que viveu o Brasil. A frase "O poder que não se renova, apodrece!" deu o tom de todo aquele processo. Em todos os seus discursos, sempre muito bem embasados, Fabrício usava esta expressão para comparar os governos municipais passados e o que poderia vir caso a dupla fosse eleita, como de fato ocorreu (depois reeleita, mas este é outro assunto). E, cá entre nós, realmente deve existir a "renovação de poder" em todos os sentidos.
Enquanto isso...
No ano de 2004.
Eleição em Icó (CE) entre o médico Cardoso Mota (PSDB) e o advogado Fabrício Moreira (hoje sem partido, na época no PL, depois virou PR), então vice-prefeito do município. O primeiro teve como companheiro de chapa, o ex-prefeito tampão, Jaime Júnior (DEM). Já o segundo teve a companhia do "boa praça" Dácio Pinto Amâncio, atualmente secretário municipal de Infraestrutura.
Um "jargão" muito usado nessa difícilima campanha eleitoral partiu da iniciativa de Dácio. Naquela ocasião, o então candidato Cardoso Mota, como hoje ainda pertence a este partido, foi candidato a prefeito pelo PSDB, cujo seus membros são conhecidos como "tucanos" e cujo número eleitoral é o "45".
Pois bem!
Na grande maioria dos comícios realizados pela coligação situacionista capitaneada pelo advogado Fabrício Moreira, o seu postulante a vice, Dácio Pinto, geralmente, ao final de seu discurso, sempre pronunciava a frase: "4 + 5 é igual a 9, 9 noves fora é nada", numa alusão ao número "45" da campanha tucana. E este "mote" levou os seus eleitores a sempre usar nas ruas, nos botequins e nas rodas de amigos. Era uma forma de atiçar os eleitores da chapa adversária.
Resultado: A candidatura tucana venceu a eleição (já havia sido derrotada no ano 2000 com o mesmo candidato) e a continuidade perdeu, depois de oito anos de governo Neto Nunes. Para muitos, aconteceu o que já havia ocorrido em 1996. O povo preferiu a "mudança". Colocamos "mudança" entre aspas porque o resultado todo mundo assistiu logo após. Os próximos quatro anos seria de desgoverno total, culminando até em afastamento de prefeito por ordem judicial devido a "corrupção" instalada, à época, no Palácio da Alforria.
São histórias vividas e jamais esquecidas na "Terra dos Icós".
Aguarde: Próxima segunda-feira (15), o quadro "Tiradas do Baú" abordará a história do músico icoense Gonçalo Farias dos Santos (já falecido), um dos ícones do passado histórico de Icó. Personagem que merecia uma homenagem e que, portanto, está esquecido, até por quem já foi prefeito. Fique ligado!