sábado, 13 de agosto de 2011

Cid Gomes envia projeto polêmico para a AL-CE. Veja!


O governador Cid Gomes, numa ambição ditatorial, quer sitiar as áreas em torno de si e do Palácio da Abolição. A denúncia é do deputado Heitor Férrer (PDT), baseada em mensagem do Executivo que iniciou tramitação na Assembleia Legislativa, na última terça-feira (16). A matéria cria Áreas de Segurança Permanente e Transitória do Estado do Ceará, as quais, segundo o projeto, designariam “todo espaço físico que se faça necessário para procedimentos de segurança institucional à sede do governo e à locomoção e segurança ao governador e autoridades públicas”.

Todo o quadrilátero delimitado pelas ruas Costa Barros e Nunes Valente e avenidas Rui Barbosa e Abolição passaria a ser área de segurança permanente, por conter o Palácio da Abolição e a residência oficial de Cid Gomes. Já as áreas de segurança transitória seriam aquelas ao redor de qualquer evento que tenha a participação do governador, abrangendo um raio de 250 metros do local onde ele estiver.

As áreas de segurança permanente e transitória ficariam sob a responsabilidade da Casa Militar do governo, que para guardá-las poderiam requisitar apoio logístico e pessoal da Secretaria da Segurança Pública, do Detran e de outros órgãos da administração estadual.

NEM A RAINHA DA INGLATERRA

Para Heitor Férrer, a proposta é inconstitucional e serve aos caprichos de Cid Gomes. “A Assembleia não pode legitimar isso. Se aprovarmos, estaremos sitiando áreas onde o governador está. Só vai entrar quem o governador quiser. Quando vi a matéria, pensei que fosse um documento de 1968, 1969, assinado depois do AI-5. A matéria é ditatorial e isola o governante do povo. E eu não acredito em governante que tem medo do povo”.

Fernando Hugo (PSDB) e Roberto Mesquita (PV) também repudiaram a mensagem do Executivo. “Nem a rainha da Inglaterra tem isso. É uma proposta que descaracteriza os Ferreira Gomes que eu conheci. É um tapa na cara da popularidade que vocês [os irmãos] adquiriram em 20 anos. Essa proposta deve ser revista, ou rejeitada pelo plenário. Nem na época dos generais houve uma matéria tão indecorosa”, declarou o tucano.

“Área de segurança num Estado sem incidência de atos terroristas? Acho um exagero. Tentam preservar a imagem do governador, mas criaram uma situação embaraçosa”, complementou Roberto Mesquita.

# Fonte: Blog do jornalista Macário Batista - www.macariobatista.blogspot.com