O município de Icó possui atualmente 11 secretarias municipais. Ou seja, são os auxiliares mais diretos do prefeito Marcos Nunes (PMDB). Todos os seus aliados foram contemplados de alguma maneira. É assim que é o jogo do xadrez quando se é governo.
Destes 11, cinco foram secretários na desastrosa gestão do ex-prefeito Cardoso Mota (PSDB). São eles: Daniel Peixoto (Saúde), Jequélia Alcântara (Cultura e Turismo), Facó (Finanças e Administração), Mailton Bezerra (Agricultura) e Fernando Cavalcante. Sem contar no fato de que, também, o ex-vereador Ademir Maciel é secretário da atual administração, mas foi um fervoroso defensor do governo Cardosista, participando, inclusive, de muitas das lambanças cometidas naqueles quatro anos que ficaram marcados por graves denúncias de corrupção. Quem não lembra?
Ao assumir, o prefeito Marcos Nunes preferiu mantê-los em nome da "união pelo o Icó". Desses, só o secretário de Finanças e Administração foi sugestão do deputado estadual Neto Nunes (PMDB), seu irmão e ex-prefeito de Icó.
Coube ao gestor nomear somente Dácio Pinto (Infraestrutura), Rogério Sousa (Trabalho e Ação Social), Fernando Nunes (chefe de gabinete), Aroldo Nunes (Esporte e Juventude), além de Getúlio Oliveira (Educação), que tinha sido um dos coordenadores da campanha derrotada e adversária do ex-prefeito Jaime Júnior (DEM) em 2008, mas com livre trânsito entre a oligarquia "Nunes".
Todos eles realizam um trabalho entre altos e baixos. Até que os mesmos possuem determinação, mas muitos sofrem problemas para gerir suas pastas. Falta recursos e, princiaplmente, incentivo para tocarem suas funções a contento. Outros, infelizmente, pecam por omissão e realizam um trabalho digno de críticas.
Muita coisa precisa ser revista para levar o Icó novamente para o caminho do desenvolvimento, assim como foi elencado pelo escritor icoense Chiquinho Peixoto na última edição do jornal Folha do Salgado. Uma lista de benfeitorias foram apresentadas, vindo desde os anos 50, 60, até os dias de hoje, com a inauguração das três praças das três entradas da cidade. Uma verdadeira aula de História.
Sabemos, por sua vez, que muitas dessas realizações, já ficaram no passado, precisando de novos investimentos em áreas como saneamento básico, asfaltamento, pavimentação, construção de escolas e até de novos logradouros públicos, como matadouros, mercados e centros de lazer. E muitos espaços públicos citados necessitam de reformas urgentes.
Muitos desses projetos não precisa o prefeito ficar em cima de órgãos estaduais, federais e privados atrás de recursos. Os próprios secretários municipais tem o dever de buscar estes investimentos para o município. O problema é que, como a equipe vem de outros governos, infelizmente, se encontram acomodados e precisando de uma reciclagem urgente, até para aprenderem a elaborar projetos.
Tudo hoje tem que ser apresentado projeto para buscar recursos. E são projetos que faltam em Icó atualmente. Não existe e, se existe, gostaria de conhecê-los.
Empurrar tudo com a barriga e mendigar atrás de pequenos projetos é que não dar mais. O Icó é grande e maior do que todos nós. Há quanto tempo não vemos uma "grande obra" em nossa terra? Pelo que lembramos, a última foi feita na gestão Neto Nunes (1997-2004), quando o mesmo, com o apoio do Iphan e do governo estadual, conseguiu restaurar todo o nosso sítio histórico. Isso, para mim, é obra "faraônica". Não pequenos reparos realizados no governo Cardoso Mota/Jaime Júnior (2005-2008) e neste governo atual (2009-2012).
Secretários, mãos à obra! O Icó clama por isso. Fica aqui a reflexão!