terça-feira, 17 de maio de 2011

Artigo - Tema de Hoje (Cultura)


Televisão

Por prof. Nilza Braga (foto)


Será a arte imitadora da vida ou a vida tentando alcançar a imaginação do artista? Quem assistiu "AI", 'Inteligência Artificial' de Spielberg pode ter acreditado que um androide tão perfeito só podia mesmo ser um humano se fazendo de robô. Assim como em "O homem bicentenário" com Robim William, e a atual novela "Morde e Assopra", em que a atriz Flávia Alessandra faz uma impecável Naomi, a mulher dos sonhos de muito marmanjo por aí. Mas a ficção pode estar atrasada em relação à realidade. Já existem robôs com aparência tão humana que chegam a assustar os desavisados. Robôs que recepcionam pessoas em shoppings, robôs que 'sentem' dor para auxiliar jovens aprendizes de médico ou dentista, robôs que ninam as crianças e atendem ao telefone. Relendo "Eu, Robô", de Isaac Asimov, vejo as "Leis da Robótica" e me pergunto se elas serão seguidas quando a tecnologia proporcionar robôs tão populares quanto hoje são os telefones móveis e os computadores. Quanto tempo até que os criadores destas verdadeiras obras de arte sintam-se ameaçados por elas, como um Dr. Frankenstein pós-moderno? Da mesma forma que as telefonistas dos anos trinta temiam perder seus empregos com a popularização do telefone, assim como os trabalhadores das linhas de montagem quebraram muitas máquinas que facilitavam e agilizavam seus trabalhos, também temos os assustados 'defensores da humanização', que acreditam que o ser humano pode ser substituído em situações que não apenas em casos de risco de vida ou insalubridade. Para esses pregadores do 'Apocalipse Robótico', uma prévia do que nos aguarda (foto acima, da mulher robô).

# Currículo: Nilza Braga, professora de Inglês do Ensino Médio, formada em Letras pela Fac. de Ribeirão Pires (SP). Adotou Fortaleza como sua há 20 anos e trabalha na rede estadual de ensino. Vegetariana, espírita, apaixonada pela profissão, mantém em precário funcionamento o http://nilzasonapaz.blogspot.com/ mas é figura fácil no Orkut, Twitter, MySpace, Facebook e mais alguns, com o codinome "Nilza só na Paz". A professora Nilza Braga escreve nesse espaço nas terças-feiras.