quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O que fizeram com a Semic, hein?

Aldo Marcozzi Monteiro - o último prefeito de Icó a valorizar a cultura icoense, quando o município realizava a Semic, as escolas saiam às ruas para marchar no Dia da Independência, quando as moças da sociedade eram escolhidas misses, além dos concursos culturais que eram realizados na época (poesia, música e redação, por exemplo). Aldo se foi e, de lá para cá, vivemos uma triste crise cultural generalizada.
 
Quinta-feira, 25 de outubro, dia do município de Icó.
 
Na cidade, não se fala em outra coisa, a não ser na incompetência da Secretaria de Cultura e Turismo, via atual prefeito Marcos Nunes (PMDB), em não realizar uma programação para comemorar os 170 anos de emancipação política do município.
 
170 anos de emancipação política porque de história a nossa cidade já tem mais de 270 anos. Afinal, de tribo, passamos a vila, e depois viramos cidade. Diga-se de passagem, uma das mais belas municipalidades do Brasil, com um rico acervo cultural e arquitetônico, de dar inveja a qualquer outro torrão.
 
Infelizmente, contudo, o nosso município encontra-se inadimplente com o governo federal e poderá não receber recursos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] das Cidades Históricas, conforme já noticiado na imprensa cearense.
 
Enquanto isso, por inoperância de nossos atuais agentes culturais, o Icó corre o risco de ficar de fora de um importante projeto, que visa requalificar o nosso valioso patrimônio histórico, que sofre as consequências de uma gestão irresponsável e atrasada, que vem desde o início da Era Jequélia Alcântara a frente da Secult/Icó.
 
Temos hoje o Largo do Theberge, belíssimo e mal aproveitado. Um teatro municipal sem vida. Uma Casa de Cultura entregue ao deus dará. Uma Casa de Câmara e Cadeia, que só serve para abrigar a sede provisória do gabinete da secretária. As casas e casarões tombados sem poder fazer empréstimos por incompetência da PMI que deixou a cidade ficar inadimplente junto a Caixa Econômica Federal. Pois é!
 
É esta a situação em que se encontra a área cultural  e turística de nosso município. Um absurdo para não dizermos outra coisa.
 
Sem orçamento definido, espera-se que o próximo prefeito, Jaime Júnior (DEM), requalifique a Secretaria de Cultura e Turismo de Icó, nomeando pessoas capazes para gerir esta pasta, tão essencial para a vida dos icoenses, que pouco a pouco vem morrendo culturalmente, por conta da falta de compromisso desses que se dizem grandes conhecedores da história de Icó.
 
Basta! A cultura precisa ser valorizada e, para isso, necessita de um secretário ou de uma secretária que realmente entenda do assunto. Alguns estão sendo cogitados e espera-se que o melhor nome assuma para o bem dessa cidade.
 
É bom salientar que a formação de uma excelente equipe governamental é o primeiro passo para termos uma gestão organizada, séria e comprometida com o município e sua gente.
 
Como é bastante vaidoso, temos certeza de que o prefeito eleito escolherá os melhores quadros para compôr a sua equipe de primeiro escalão. Já demonstrou isso nos oito meses em que governou interinamente o município e fará novamente agora, escolhendo e colocando profissionais competentes nos lugares certos. Afinal, a equipe que assumirá, a partir de janeiro de 2013, dirá perfeitamente como será a cara da nova administração, segundo a nutricionista Virlena Rios falou para este blogueiro, o que concordamos plenamente.
 
Contudo, resta-nos esperar a nomeação e divulgação do novo secretariado, que é uma escolha pessoal do novo prefeito. Enquanto este dia não chega, o jeito é se contentar, com todo respeito a Deus, com a única programação de comemoração do aniversário de 170 anos de Icó: uma missa em ação de graças, que acontece nesta quinta-feira (25), com local e horário ainda indefinido, conforme apurou o Blog Icó na Rede, do blogueiro Rafael Lira.
 
Enfim, o Icó foi esquecido bem no dia de seu aniversário. Uma lástima!