sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Artigo - "Juventude Anarquista"

Arthur Cezar Valentim de Melo (foto) é coordenador do Movimento Juventude Anarquista e estudante do Centro de Referência Padre José Alves de Macêdo (Cere), em Icó(CE)

"É... Por onde eu posso começar? Bem... Vou começar onde realmente tudo começou.

Tudo começou nos meus dias de exaustão e poderia dizer um isolamento social em casa, tentando me “trancar” do mundo que me chamava lá fora. Esse mundo que também era meu, mas eu tinha muito medo de enfrentá-lo, medo do que eu poderia encontrar lá fora. Medo, principalmente, das pessoas.
 
Nisso apareceu aquela famosa “modinha”, os Anonymous, que não são uma modinha, mas pelo o cidadão brasileiro pensar pequeno, acabou se transformando em uma. Pessoas colocando foto, falando por eles, entre outras barbaridades. Também me interessei pelo movimento, mas não queria ser como eles, não queria ser apenas uma modinha, então comecei a pesquisar sobre o assunto e alguns assuntos relacionados, até formular a minha opinião sobre o movimento Anonymous, o chamado “O que é o PLANO?”. Tempos depois comecei a me comunicar com anonymous brasileiros via conferência (apenas por voz e texto, mantendo a discrição de cada um), comecei a inserir minhas ideias e ver que “batia” com as ideias do grupo.

Tendo em vista que o subgrupo que representava o Ceará era o mais organizado e empenhado na causa, logo me juntei a eles, e levei como exemplo, ainda em minha vida de “eremita” repassei algumas ideias e contatos para o Carlos Dias (meu grande parceiro), para que ele fizesse o que bem entendesse com as informações, ele fez o que eu já esperava, juntou-se a nós.

As coisas mudaram, a modinha acabou, as pessoas desistiram do movimento por não poderem mais chamar atenção, por não ter tanta ênfase, mas nós continuamos (eu e Carlos), ele começou a organizar uma comissão para participar do Dia do Basta, no sete de setembro (2012), eu sabia que haveria o movimento em todo Brasil, mas quando recebi a notícia fiquei meio perplexo e logo disse que não iria de jeito algum. Disse que não iria por vários motivos: por estar trabalhando no dia, por estar desacreditado do movimento e levando a isso o desestímulo a lutar pelos meus ideais.

O grande dia chega e eu tenho uma (injeção) de estímulo para ir para esse movimento, fui liberado do trabalho a tempo, chegando lá foi uma surpresa para todos, pois todos já sabiam que eu não iria... Mas vamos pular essa história que é muito detalhada.

Encontrei muitas pessoas naquele movimento do sete de setembro, descobri que tinha muitas pessoas envolvidas naquela causa, então foi aí que tirei a ideia de criar o grupo chamado de Juventude Anarquista, onde eu levei em conta a organização do subgrupo cearense do Anonymous. Queria trazer aquela ideia para a nossa cidade de uma forma diferente, de uma forma que aqueles jovens fossem os protagonistas dessa ideia revolucionária, o grupo foi criado com os “moderadores” Carlos Dias, Alex Souza e eu como fundador. O Alex hoje foi afastado por não fazer a diferença, era mais um da modinha. Hoje, o grupo está cada vez maior tendo como integrantes apenas convidados dos “moderadores”.

Planos maiores? Sim nós temos...

Nós somos anônimos. Nós somos legião. Nós não perdoamos. Nós não nos esquecemos. Esperem por nós."
 
# Artigo de opinião enviado para o Blog, por email, pelo próprio autor.