Não é preciso ser um semioticista profissional para se perceber a personalidade de alguns jovens. Muitos deixam bastante claro na maneira de andar, vestir e se expressar. Já passamos da época em que "ter" e "ser" eram o que valiam. Hoje, quem dita as regras é o "parecer". Atualmente, o "com quem pareço" fala mais alto. Levados pela mídia que influencia fácil os "mentes frágeis", o consumismo exarcebado dos jovens em alguns caminhos de estilos é cada vez mais perceptível.
Juventude em crise de identidade que refletem sem consciência, sem reflexão feita e espelham seus ídolos da música, da TV, na revista. Reflexos de suas maneiras de ser, em alguns casos, quase por inteiro. Modinha teen? Sim, outra moda a se seguir, a cumprir! Críticos de internet que criticam e criticam e de repente são pêgos de surpresa (Por obra do acaso? Não!) no que eles tanto criticam.
O que falta é a valorização nacional, regional, e por que não dizer... local? Será que esse bombardeio diário de "modelos a seguir", que são colocados goela abaixo, são positivos? Ou estão apenas contribuindo para o consumismo descontrolado que gerará em pouco tempo, exagerando mesmo, a massificação dessas mentalidades juvenis? Mentalidades estas que vão as soltas para lá e para cá com a maré do "eles mandam e desmandam e eu obedeço".
O que se percebe não é a miscigenação de várias culturas e estilos de diferentes seres noutros seres e sim, simplesmente, um 'Ctrl C + Ctrl V' dessas fôrmas de bolo que moldam formatos de cultura comprada e vendida, ou seja, valorizada, mas não valorizada de maneira artística/cultural e sim financeira. Cada ser é diferente do outro, não existem iguais. Nada contra os grandes ídolos, mas será que querer imitá-los como tal, com exceção dos artistas que trabalham como humoristas ou covers desses ídolos, não se torna um exemplo vivo de falta de identidade própria? Pensemos nisso!
# Currículo: Rogério Maia é estudante do 5º semestre do curso de Jornalismo da Faculdade Integrada do Ceará (FIC). Concludente do curso Princípios Básicos de Teatro, do Theatro José de Alencar. Apreciador de música, teatro, dança, circo, artesanato e outras artes em geral. Amante da escrita e da leitura, fascinado em escrever crônicas e contos trágicos com pitadas apimentadas de surpresa e romance. É ainda assessor-estagiário da Secretaria Executiva Regional III, da Prefeitura Municipal de Fortaleza. O seu artigo é publicado sempre nas sextas-feiras.