quinta-feira, 8 de novembro de 2012

"O melhor dos mundos é sair da política sem ser expulso", diz Cid Gomes

"Época - O que o senhor pretende fazer em 2014?"

"Cid Gomes - Cumprirei meu mandato até o último dia. Não disputarei eleição em 2014. Depois, passarei mais tempo com minha família. Vou trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington. Pedi ao presidente Luis Alberto Moreno: "Meu desejo é trabalhar com o senhor". Ele respondeu: "Não se preocupe, meu filho". Então, eu vou. Quando voltar ao Brasil, avaliarei se disputarei outra eleição. O melhor dos mundos é sair da política sem ser expulso. Sair como saiu o Pelé: por cima." [Trecho da entrevista ping-pong (perguntas e respostas), do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), concedida a revista Época dessa semana, ao jornalista Felipe Patury].
 
Moral da história: "Para um bom entendedor, meia palavra basta". Em Icó, infelizmente, alguns políticos "profissionais" transformaram o poder municipal em seus quintais, extensivos de suas residências. Aqui, não querem deixar o trono. Fazem de tudo para se perpetuarem no Palácio da Alforria. É assim com o ex-prefeito Quilon Peixoto Farias (PSD), filhote da Ditadura Militar. É assim com o agora deputado estadual e ex-prefeito Neto Nunes (PMDB), que propôs a famigerada "união pelo o Icó", em 2008, mesmo a contragosto de seu pai, o ex-prefeito Oriel Nunes. É assim também com o ex-prefeito Cardoso Mota (PSB), que se uniu a este projeto somente para escapar de punições, por enquanto, na Justiça comum. Pois muito bem! Dos atuais mandatários (Marcos Nunes e Charles Peixoto), não temos comentários nenhum. Afinal, são filhos da oligarquia que foi fragorosamente derrotada no dia 07 de outubro e estão lá ainda por força de seus antecessores, mas nesse ano a repetição foi por água abaixo. A eleição fala por si só. O povo deu um basta a um projeto  de poder apodrecido, exaurido e falido. O certo é que todo político tem que saber a hora de parar, o que não acontece com os nossos icoenses, que acham que a Prefeitura Municipal é território particular. Felizmente, o Icó acordou de uma triste sina. Em 2014, um deles deve disputar algum mandato eletivo, mesmo com o "muro" de processos que responde no Poder Judiciário. Após, a tendência é virarem somente "cabos eleitorais de luxo", sem exceção de nenhum, dos pretensos candidatos a governador, senador, deputado federal ou coisa que o vailha. O futuro dirá!