quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"Blog Solidário"

"Evento discute aumento de convívio"
 
O período de um a três anos de idade é de consolidação de formação do sujeito. Assim, o convívio materno é fundamental. A afirmação da coordenadora docente do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Andrea Cordeiro, vai ao encontro da discussão levantada, na última terça-feira (27), na II Semana do Bebê, no Instituto Penal Feminino Auri Moura, em Itaitinga, na qual foi apontada a possibilidade de extensão do tempo de permanência dos bebês com as mães, que, hoje, é um ano.
 
A assessora da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), Patrícia Sá, explicou que essa idade já passou de quatro anos para seis e, posteriormente, para um ano. "Isso por conta do período de amamentação, fundamental para criança", explica.
 
Dessa forma, ela acredita que a extensão pode ser discutida, sim, desde que haja motivos sólidos para tal mudança. "Temos que pensar também que esta criança não pode ser privada de sua liberdade por conta de um erro da mãe", acrescentou.
 
Andrea Cordeiro concorda com Patrícia, contudo, diz que a idade deve ser aumentada, contanto que a criança não tenha perdas. "É preciso garantir este espaço dentro do presídio, oferecer espaço de escola, garantir estrutura de sustentação para manter os direitos deste bebê, como educação e convivência".
 
Dentre os ganhos, ela aponta a valorização do vínculo da mãe com a criança, inclusive na tentativa de garantir visitas futuras.
 
Para a coordenadora do Selo Unicef, Tati Andrade, o trabalho no presídio com estas mulheres é extremamente valioso, pois resgata sentimentos e cidadania. "Temos que começar a pensar na viabilidade da extensão da idade de convívio e trabalhar melhor o momento da separação".
 
# Com informações do caderno "Cidades", do Diário do Nordeste, publicado na edição do dia 27 de novembro.