domingo, 13 de fevereiro de 2011

Artigo de Estreia - Tema de Hoje (Política)

PARLAMENTO: O QUE SE ESPERA DE NOSSOS DEPUTADOS?

Por Fabrício Moreira (foto)


Após cinco meses da refrega eleitoral de 2010, findo(a) em outubro, enfim, as Assembléias Legislativas de cada recanto da federação, inclusive, o Congresso Nacional, dão posse aos novos deputados estaduais, federais e senadores da república.


O parlamento, com suas discussões plurais e de todas as temáticas possíveis da sociedade, é o ponto central e certeiro do Estado Democrático de Direito.


É dever primeiro do parlamento a fiscalização do erário; dinheiro que vem do pagamento de impostos, arrecadados do próprio povo.


Apresentar projetos de lei, de indicação, de resolução, emendas; aprovar ou não o orçamento estadual, federal, etc, discutir ideias, aprimorar sugestões, requerer, postular, discursar, espernear em alguns momentos, torna o local habitado por deputados, num ambiente exposto as maiores reprimendas da imprensa e da população.


Dever-se-ia na verdade, a necessidade do seu acolhimento e distinção, pois, quando os legisladores abrem um processo de discussão, de diálogo, daí mostra-se todo o interesse em combater às adversidades da vida dos muitos, ao rompimento com as desigualdades, a busca incessante por mudanças que tragam qualidade de vida aos munícipes. Na crítica e na sugestão, deve restar somente a solução.


Outrossim, existe uma máxima interessante na vida, quiçá, na classe política: “só erra quem trabalha”. Para o povo, os políticos após ele mesmo elegê-los, sempre é taxado como um “mal” constante.


Porém, ainda existe um equívoco bem maior: “muitos analisam o trabalho dos deputados, como se de fato, eles fossem membros do executivo”. Sem ser deselegante com os edis, diga-se de passagem, “deputado é um vereador melhorado”.


Deputados não são tocadores de obras. Não constroem escolas, postos de saúde, nem geram empregos. As suas ideias, as suas atuações, os pleitos por recursos financeiros, podem levar a este desejo popular, mas não é assim entendido pelo eleitor-povo. Aí já é outra coisa!


Com isso, decorrem as críticas as suas posturas, como responsáveis por resolverem aquilo que não lhes competem.


É comum o jargão popular: “os deputados, votados por todos nós, não trouxeram uma banda de tijolo, não construíram uma escola no município”. Que loucura, que equívoco. A banda não veio e não virá.


Não é este o começo, meio e fim, do exercício parlamentar.


Existe, também, no caminhar desse momento para o Icó e todos nós filhos da terrinha, a reeleição de Neto Nunes, bem como, por ser ele o primeiro icoense a ocupar a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado. Entre divergências e convergências, é um fato verdadeiro que deve ser levado em consideração, para o preenchimento desse texto.


Finalmente, espera-se dos deputados, do parlamento, a presença constante, a interação com a sociedade; a defesa e aperfeiçoamento da democracia; que sejam os guardiões das leis; que animem os sujeitos da história, os eleitores e cidadãos, a permanecerem inquietos para quererem sempre mais, porém, dentro da competência, juridicidade, e poder de alocação de recursos de cada um para o bem comum.


Currículo: Fabrício Moreira da Costa, 41 anos, advogado, ex-vereador, ex vice-prefeito de Icó em duas oportunidades, e atualmente vice-presidente da Subsecção da OAB-Iguatu, é o nosso articulista político. Seus artigos serão publicados, neste Blog, todos os domingos. Dr. Fabrício irá escrever com sua assinatura e manifestação pessoal, sobre política local e estadual. É autor do Blog www.fabriciomoreira.com