domingo, 7 de novembro de 2010

O mais difícil vem agora

O que Dilma Rousseff (PT) realizou há uma semana não foi pouca coisa. O fato de o presidente Lula ter sido inegavelmente o responsável maior pela vitória de forma alguma tira os méritos próprios da vitoriosa. A chegada de uma mulher à Presidência não representa a superação do machismo, mas a vitória sobre o preconceito que perdura nos meios do poder como em poucas outras áreas.
O que mais chamou à atenção desse blogueiro após a sua vitória foi o discurso proferido pela presidente eleita. Ela destacou a saúde como prioridade no seu primeiro ano de governo, a iniciar no dia primeiro de janeiro. Prometeu reunir todos os governadores eleitos e reeleitos para já anunciar mudanças profundas no setor.
Ficamos felizes com esta declaração. A saúde merece sim ser tratada de forma especial. E esta notícia veio a calhar, principalmente, num momento em que a área não está acima do esperado e não condiz com a realidade do nosso principal sistema e que é considerado o maior do mundo, que é o Sistema Único de Saúde (SUS).
O Congresso Nacional poderá voltar a discutir a CPMF para a saúde ou criar o imposto específico para a área, o tão falado ISS - Imposto Sobre a Saúde. A discussão tem que voltar. O Brasil clama por isso. Se os parlamentares e o novo governo fizerem a sua parte, a saúde tem tudo para dar um salto de qualidade.
Dilma sabe das dificuldades dos governadores e prefeitos para colocar uma saúde de qualidade a serviço da população. Para isso, ela está disposta a abrir um canal de comunicação com estes gestores, já que são eles que vivem a duras penas a realidade da saúde em seus municípios ou Estados.
Mais investimentos na área deve ocorrer. Mais infraestrutura também. Isso, por si só, já é uma sinalização excelente da presidente eleita. Agora, só resta aprofundar a discussão e colocar em prática as boas ações para melhorar de vez a saúde pública no Brasil.

É o que todos nós esperamos!