Tenho acompanhado, mesmo distante devido ao meu trabalho, as últimas notícias relacionadas a campanha política de Icó. Li no Blog do meu amigo Fabrício Moreira, que a Justiça Eleitoral interveio há tempo e, agora, as duas coligações terão que obedecer a um calendário pré-estabelecido até o dia 06 de outubro, véspera do disputado pleito eletivo.
Tenho amigos nas duas correntes majoritárias de Icó. O nosso município merece ter um pleito tranquilo, onde prevaleça a luta de ideias e de propostas. Não podemos aceitar que agressões verbais e até físicas tomem conta das nossas seculares ruas e avenidas. O tempo do coronelismo já acabou há anos. Estamos numa democracia, onde o povo decide os rumos da nossa terra, do Ceará e do Brasil. O importante é sermos pacíficos em momentos eleitorais.
Até então estávamos tendo uma campanha política tranquila, mas o que ocorreu, na noite da última terça-feira (28), foi a gota d'água. O que aconteceu não condiz com a festa da democracia. E aqui não venham dizer que somente uma coligação teve culpa. As duas correntes erraram, as duas possuem gente baderneira e galo de briga. Nesse episódio ninguém é vítima, santo ou coisa que o valha.
O alerta já foi dado pela Justiça Eleitoral local. Agora, resta as duas coligações representadas pelos candidatos Jaime Júnior (DEM), da oposição, e Marcos Nunes (PMDB), postulante a reeleição, acatarem a decisão judicial, prosseguindo com uma campanha limpa e ordeira, longe das picuinhas e futricas eleitorais que não levam a nada.
Sou amigo dos dois candidatos. Já votei duas vezes no grupo político liderado pelo deputado estadual Neto Nunes (PMDB), muito antes da famigerada "união pelo o Icó". Hoje, todo mundo sabe que voto juntamente com a minha família em Jaime Júnior. Primeiro porque tenho gratidão. Fui seu assessor de Comunicação e Imprensa durante os seus oito meses de gestão a frente da Prefeitura Municipal, entre outubro de 2007 e maio de 2008. E segundo porque acredito que ele é o melhor para governar minha terra natal a partir de janeiro de 2013.
Jaime tem propostas concretas para todas as áreas, é gente da gente, tem carisma e, se eleito, pode ter certeza de que irá transformar a realidade em que se encontra o nosso município, que já foi tão castigado por estes dois grupos que aí estão. Um que ainda tem votos (família Nunes) e outro que estão arruinados politicamente, só a espera do primeiro para se locupletarem no poder e nos diversos empregos que detém (família Peixoto Farias).
Aliás, sobre esta última família digo mais. Sou primo segundo do excelente médico Quilon Peixoto Farias (PSD), ex-prefeito de Icó em duas oportunidades. Para quem não sabe, minha mãe é prima legítima do mesmo, que como gestor foi uma negação. E aqui não venha querer colocar a neta, que com a graça de Deus, será uma futura médica, para fazer chantagem emocional nas redes sociais. Este tipo de "ladainha", para usarmos uma música cantada e entoada em toda Festa do Senhor do Bonfim, não cola mais.
Ir numa rádio para se prestar ao papel de vítima como fez o excelente médico Cardoso Mota (PSB), também ex-prefeito de Icó e que esteve envolvido em escândalos de corrupção, é igualmente a gota d'água.
Os dois candidatos devem apresentar planos de governo que atenda o povo e beneficie todo o município coletivamente. E não para somente meia dúzias de famílias, parentes e aderentes. Por que não realizar um debate entre ambos? Um já demonstrou disposição. E o outro? Por que não debater ideias e propostas? Isso sim é praticar Política com "P" maiúsculo.
Vamos deixar as baixarias de lado e partir para uma campanha propositiva, onde em primeiro lugar esteja a festa da democracia. O Icó está tão desgastado politicamente que nenhum instituto de pesquisa com credibilidade, como Ibope, Vox Populi e Datafolha, se interessam a realizar uma amostragem sobre a eleição icoense. Icó perdeu a força política, infelizmente!
O jeito é se contentar com o resultado final a ser dado, às 22 horas, do dia 07 de outubro, data do pleito eleitoral. Com pesquisa ou sem pesquisa, o certo é que o clima de mudança paira no ar e esta campanha está muito diferente da que ocorreu em 2008, há quatro anos atrás. A oposição está mais agressiva e está parecendo com a eleição de 2004, quando o médico Cardoso Mota derrotou o advogado Fabrício Moreira, com mais de três mil votos de diferença.
E lembre-se: Agora tudo pode. Não adianta gastar as energias agora. Historicamente, o pleito em Icó é decidido na última semana antes da votação. O que não se pode aceitar é a compra descabida de votos. Para isso, temos a fiscalização da Justiça Eleitoral. Só esperamos que os cofres da PMI não sejam castigados. O dinheiro é do povo e não é para ser usado para barganhar voto de ninguém.
Hoje, o prefeito Marcos Nunes é limpo perante o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), órgão de assessoramento da Justiça Eleitoral. Hoje, ele não está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Mas, caso vença ou caso saia derrotado nesse ano, o seu nome poderá vir a ser enquadrado nessa Lei que vem amedrontando grande parte dos políticos brasileiros. É só ver o resultado que está tendo o chamado Mensalão do governo Lula. Portanto, dinheiro de campanha é uma coisa. Já dinheiro do Palácio da Alforria é sagrado e pertence ao povo icoense.
