segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cid e Luizianne rompidos? Não é de hoje!

Não é de hoje que o governador Cid Gomes (PSB) e a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) vivem as turras. Os dois estão praticamente rompidos politicamente desde as eleições passadas. Essa é uma realidade que ninguém pode contestar.
O estopim da crise se estendeu na semana passada quando o deputado estadual Ivo Gomes (PSB), irmão do governador, concedeu entrevista afirmando, categoricamente, que Luizianne não governa para a cidade e o seu povo, mas, sim, governa sob vingança. Disse que a prefeita é muito vingativa quando é contestada. Não aceita opiniões contraditórias.
O problema todo nesse imblóglio está no fato da prefeita da quinta maior capital do Brasil ter entrado de corpo e alma na campanha do vereador Acrísio Sena (PT) para a Presidência da Câmara Municipal de Fortaleza, que deve ocorrer no mês de dezembro. O fato é que o atual presidente, vereador Salmito Filho, que também é do PT, é candidatíssimo a reeleição. Diz ter os votos suficientes para se reeleger. Enquanto isso, Acrísio reuniu 23 parlamentares em um almoço com Luizianne. Só não deve confiar nesse apoio.
Dessa turma, alguns são muito chegados ao governador e, portanto, vão apoiar quem Cid mandar. E este voto, que já é declarado, vai para a reeleição de Salmito.
São os brios dos políticos já de olho na sucessão de Luizianne em 2012. Sem poder ser candidata, por força da Lei, será muito difícil fazer o seu sucessor, como também, manter a aliança com o PSB, que vem desde a sua primeira eleição para prefeita em 2004.
Cid não tem mais obrigação em cumprir a aliança. Está livre para apoiar quem quer que seja. Pode ser alguém do PSB ou de outro partido da sua sólida base governamental. Quem sabe Patrícia Saboya, filiada ao PDT e deputada estadual eleita, só para ficar mais próxima dos eleitores de Fortaleza? É uma hipótese que não deve ser descartada.
Com Cid de um lado e Luizianne de outro, a briga na Câmara Municipal de Fortaleza promete esquentar nos próximos dias e fervilhar os bastidores políticos. Quem sobreviver, verá!

É o governador e a prefeita interferindo num poder, quando este deveria ser independente. Coisas da política!