terça-feira, 22 de março de 2011

Ritmo e eficiência da gestão Marcos Nunes em xeque após dois anos


Eleito em 2008, o prefeito de Icó, Marcos Nunes (PMDB), não parece disposto a alterar o andamento (?), no melhor estilo de valsa vienense, de sua administração. O município hoje possui mais de dez secretarias municipais e muitos de seus projetos apenas estão no papel. Os que tiveram início estão aí inconclusos, para quem quiser ver. O que é lamentável!

Já nos gabinetes oficiais, assessores e bajuladores louvam a situação financeira do município, que segundo eles, está equilibrada, conforme demonstram os balanços. Insatisfatório mesmo é o balanço da situação da cidade: Maltratada, suja, caótica, como terra de ninguém, para usar a feliz expressão que o jornalista Plínio Bortolotti adotou em seu blog.

Todo mundo se lembra de que, em sua campanha de 2008, e ao tomar posse em janeiro de 2009, o prefeito Marcos Nunes anunciou tantas maravilhas, a execução de tantos projetos que a população não teve outra impressão: Icó iria se tornar numa espécie de paraíso. Outra não poderia ser a expectativa, uma vez que estava respaldado no discurso do novo gestor.

Vida que segue, bem que poderia ser trocado o slogan da administração de Icó. Ao invés de "Um Novo Tempo", deveria ser chamado de: "Icó Tartaruga". O ritmo de trabalho (?) adotado de 2009 para cá no Executivo acaba lembrando uma conhecida frase de para-choque: "Muita farofa é sinal de pouca carne".

Foi prometido que, em Icó, a partir de então, as ruas e avenidas estariam sempre muito limpas; que a educação e a saúde oferecidas pelo município atingiriam nível padrão, que o transporte escolar seria rápido, eficiente e confortável; que a malha viária iria receber tantos melhoramentos que o trânsito, mesmo nas horas de maior movimento nas avenidas Nogueira Acioly e Josefa Nogueira Monteiro, deixaria de ser um transtorno. Era, portanto, muita farofa, perdão, muita promessa.

# Canteiros a passos de tartaruga

Secretaria de Cultura e Turismo - Finalmente, é dada a largada para a reforma da sede desse órgão, mas o que seria uma recuperação, na avaliação de qualquer mestre-de-obra (não precisa ser engenheiro), não vai passar de uma maquiagem. Quem sobreviver, verá!

Estádio Peixotão - Reforma prometida, até hoje não foi concluída. O que o povo e os atletas querem é um estádio reformado, recuperado. Só isso! Afinal, para que serve a Secretaria de Esporte e Juventude, criada e sancionada pelo ex-prefeito Jaime Júnior (DEM) e implantada nesta administração? Até agora só mostrou a que veio para acomodar um aliado, o filho do ex-vereador e do ex vice-prefeito Chico Nunes. Apenas isso e nada mais.

Praças do Balão da Rodoviária e do DNER - Iniciadas no Forricó do ano passado para atrair à atenção dos turistas, ainda não foram entregues ao povo, como mais dois espaços de lazer. Apenas a Praça Padre Cícero foi inaugurada em dezembro último. A morosidade toma conta da Secretaria de Infraestrutura.

Ruas e avenidas - A realidade é que as ruas e avenidas de Icó, mesmo as mais importantes, se encontram numa imensa buraqueira. Basta ver o bairro Cidade Nova e indo para o bairro DNER. Algumas, privilegiadas, ainda receberam como consolo recapeamento. Tapa-buraco da pior espécie.

Zona Rural - Poucas são as ações desenvolvidas pela Prefeitura Municipal na zona rural. Apenas algumas colocações de cisternas e outras poucas obras de drenagens e construção de adutoras. Além da colocação de telefones públicos e de energia elétrica, a pedido dos vereadores. Afinal, eles só sabem solicitar isso. É de dar dó.

PS. Esta é apenas uma lista exemplificada, porque, se fôssemos elencar todas as obras inacabadas da administração "Icó Tartaruga", iríamos demorar muito. Cairíamos no mesmo ritmo dela porque, infelizmente, não existe tanta obra assim, como foi afirmado em texto ontem (21) aqui nesse blog. O que existe são pequenas ações e intervenções pontuais em algumas áreas.