A frase banal, se dita tempos atrás, antes de ter resposta suscitava outra questão: Filme nacional? Nem pensar! O cinema nacional era visto como remanescente das chanchadas, que acabaram pior se tornar sinônimos de pornografia escancarada. Nosso cinema era relegado à condição de imoral, indecente mesmo. Uma ou outra tentativa séria era restrita aos meios intelectualóides, tratado como cult e imediatamente esquecido. Era uma vergonha chamar alguém para assistir filme brasileiro. Pois quem ainda não se livrou desse preconceito está perdendo ótimos filmes. A era Wagner Moura trouxe de volta o orgulho de sentar-se em uma sala de exibição para ver Cinema Nacional (com maiúsculas). Incrível a versatilidade e a capacidade camaleônica de personificar tão diferentes personalidades quanto o Capitão Nascimento de Tropa de Elite e o perturbado Marcelo, do recente VIP's. Sim, sabemos que o filme em alguns dias estará nas mãos de camelôs e outros piratas, vendido por uma fração do preço do ingresso. Mas a magia do cinema, a tela gigante, o escuro, o som diferenciado, o cheiro de pipoca, o burburinho, tudo contribui para manter o prazer de aceitar o convite inicial: Vamos ao cinema?
# Currículo: Nilza Braga, professora de Inglês do Ensino Médio, formada em Letras pela Fac. de Ribeirão Pires (SP). Adotou Fortaleza como sua há 20 anos e trabalha na rede estadual de ensino. Vegetariana, espírita, apaixonada pela profissão, mantém em precário funcionamento o http://nilzasonapaz.blogspot.com/ mas é figura fácil no Orkut, Twitter, MySpace, Facebook e mais alguns, com o codinome "Nilza só na Paz".