domingo, 29 de agosto de 2010

Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!


O mundo gira devagar, por que o tempo é aceitar e provar o sabor de cada dia, do raiar do dia ao se pôr, do se pôr ao raiar do mais novo. No céu claro eu posso caminhar vendo a mágica do azul no mar, e nublando com parceria o infinito, posso me aconchegar abraçando o sentir, desde o espreguiçar até o deitar. Sorrio sem reservas, e me dou por todo aquele presente, o carinho. Para que economizar se podemos multiplicar? Deixe que o amor nos domine e a sensibilidade nos aflore, tendo a ciência que o respeito é a porta do abraço entre os povos.

Quando a alma não é pequena a coragem nos vem de graça, os valores se invertem e o sentido de viver resplandece, “Viramos reflexos de nossas verdades, da nossa mais bela cor, da nossa transparente dor, que se encontra no caminho com o desconhecido amor que se ergue como uma graça de uma flor”. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos, nem os desejos de razão, o importante é aproveitar o momento e aprender com sua duração... Pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.

Abra a cortina da sua verdade, do seu mais doce sorriso. Abra o armário da sua alegria de criança, abra seus braços e sinta a vontade de abraçar, cultivar, conhecer, apresentar o valor de acender com amor a luz no outro. Abra os olhos do instinto e veja o que é invisível aos olhos.

“Abracadabra” e o tempo passou... Passou o tempo de se permitir agir como se tinha vontade, passou também a temporada de errar e instruir-se com o pensado arriscar, passaram-se alguns anos, ou muitos anos, e depois o tempo perdido bate na porta sem piedade, trazendo consigo todos os detalhes, todas as escolhas não feita, toda omissão.

Não perca o tempo de ser, viver é crescer, exponha sua vida crua no sol dos sonhos, deleite sobre julgadas ilusões, pois só você tem a dimensão de quanto tens valor. Caminhe na areia, ande descalço, desenvolva seus dons, ame e cultive seus amores, castigue seus temores com alegria, com passividade, - isso faz bem! Então vigie sua alma, sua alma não tem idade, mas você pode envelhecê-la com suas idéias que ferem a verdade, que ferem o encanto que ela quer mostrar para todo encontro de outro.

E quando não me encontrava não entendia, havia mais vazio e abismo em mim do que a ponte do amor que ignorava a gravidade e profundidade daquilo que não é positivo nem luz. Depois notei que não preciso mais de pontes, criei asas e assim como a alma o amor não é pequeno, o amor nos faz criaturas aladas, o feio torna-se bonito, o complicado torna-se simples, o difuso muda para o claro e óbvio. Infinito é o amor, sopro de todas as luzes ao coração.

Bendito seja quem não tem idade para somar ou diminuir o que pode ou não fazer ou ser, bendito sejas as almas cheias de cor, cheias de lua, cheias de paz, bendito sejam as almas que não conhecem a pequenez, que só cresceram a cada aurora e em cada entardecer, bendito seja os sensíveis que sentem a chuva molhar dentro de si, fazendo crescer toda alma! Bendita sejam essas palavras de liberdade, de benevolência que além de enriquecer o interior, elas vivem e viveram, por que tudo que é feito com apreço, com coração dificilmente não toca, e um dia os inumanos, os descrentes entenderam todo o sentir, toda a alma de que eu falo, e replico, o maior reconhecimento é não querer ser reconhecido, é fazer parte do outro sem barulho, é somar sem se vangloriar, e amar sem falar, é calar e mesmo assim cantar. E quando a alma não é pequena, ela é um pouco assim, simples como o céu, que chora sem vergonha, lavando nosso corpo e nosso mundo, lindo como o descansar do sol, transparente e verdadeiro como a água que brota sem pressa, e amável como um olhar de cumplicidade.


* Texto enviado para o Blog pelo escritor, modelo e jogador de futebol, Luan Rocha - foto. Visite o Blog dele na web: www.luanrocha07.blogspot.com Vale a pena conferir!