"Está bem hein, o Lula! Para qual candidato vai o dinheiro do filme?". Foi a primeira reação de um dos expectadores da fileira da frente no cinema ao ver a extensa lista de patrocinadores do filme "Lula - o Filho do Brasil". A Imprensa acompanhou o terceiro dia após a estreia da história de vida do presidente do Brasil numa sala abarrotada de gente - que ao ver o início com choro de criança logo se calou dos comentários políticos. Mas, apesar de todo o apelo dramático que o filme apresenta, houve quem "desconfiasse`` do momento em que foi resolvido contar essa história. "Eu estive pensando... É muita coincidência que esse filme esteja sendo lançado justamente agora, na véspera da eleição``, avaliou o comerciante Juarez Batista, acerca de possíveis intenções eleitorais por trás do lançamento. Ele disse que admira bastante o presidente Lula (PT) e que foi convencido de última hora a ir ao cinema pela bancária Érica Saraiva, que o acompanhava. ``Eu acho que influencia``, disse Juarez, ao ser perguntado se acredita que o eleitorado pode se deixar levar pela emoção que o filme carrega. Mas, quanto à decisão dele mesmo, duvida que isso possa acontecer. ``Para mim, a credibilidade é dele. É bem diferente de alguém que ele vá lançar``, opinou ele, demonstrando conhecimento sobre a pré-candidata apoiada por Lula, a ministra-chefe da Casa-Civil, Dilma Rousseff (PT). Ao contrário de Juarez, Érica se derreteu não só pela história contada na telona, mas pelo presidente ``real``. ``Eu sou fã dele. Para mim foi um dos melhores presidentes que o Brasil já teve``, afirmou. Ela não pestanejou em dizer que pode ser influenciada, sim, por Lula - ainda mais conhecendo sua história``. ``Eu votei nele e como ele não pode mais se candidatar, eu queria que continuasse. É uma linha de pensamento que eu gostaria de continuar``, declarou. Dilma foi a única pré-candidata à presidência que teve a imagem atrelada à do presidente.