quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tal pai, tal filho...

Fiquei estarrecido ao ouvir o aúdio da entrevista da dra. Deyse, a médica que foi demitida do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, por simplesmente reivindicar seus salários atrasados, o que é um direito legítimo da profissional. São quatro meses sem receber um tostão da Prefeitura Municipal de Icó, um dos mantenedores dessa Casa de Saúde.
Vale destacar que o diretor do Hospital também é o atual vice-prefeito do município. Trata-se do filho do ex-prefeito, Quilon Peixoto Farias, que é o proprietário da unidade de saúde. Charles Peixoto, como é chamado, agiu de forma vingativa contra os servidores que estavam tão somente reivindicando seus direitos como profissionais que estudaram e que hoje precisam trabalhar para se sustentarem. Esta atitude de Charles é bem típica da "velha política" praticada no município pelas "velhas oligarquias", que seguidamente vêm administrando o Palácio da Alforria. O que, conhenhamos, tal pai, tal filho. Desde sempre, o pai de Charles, que também é médico, é uma pessoa tremendamente vingativa, que não se importa com a maioria das pessoas e que trabalha para ajudar unicamente meia dúzia de pessoas. Não me estranha muito a atitude do vice-prefeito porque conheço muito bem "o jeito de fazer política" desses senhores.
Mas, o que não pode é estes profissionais ficarem com vários meses de salários atrasados por incompetência de alguns que não tem capacidade de gerirem os destinos de um município. Dinheiro, todos nós sabemos que têm. O SUS - Sistema Único de Saúde, com contrapartida da Prefeitura Municipal, tanto um como o outro, todo mês depositam nas contas do Hospital para justamente os seus diretores quitarem suas despesas.
Cadê o Ministério Público que não se pronuncia sobre este assunto? Se faz necessário a união de forças por parte dos profissionais do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, como também, todos àqueles que estão com salários atrasados e que são servidores públicos da Prefeitura Municipal se manifestarem para terem seus direitos assegurados como manda a Constituição Federal. Acorda, Icó! A área de saúde não pode mais ser tratada dessa maneira. Tem que ser tratada como prioridade.