terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Laudo revela crueldade no caso Alanis

A crueldade e o sadismo marcaram as últimas horas de vida da garota Alanis Maria Laurindo de Oliveira, de apenas 5 anos. É o que mostra o exame de corpo de delito que a Imprensa teve acesso. Informações que serão importantes para o processo judicial. Mas um alerta ao leitor: o que você vai ler a seguir é uma descrição científica que tem conteúdo de forte impacto. Depois de examinarem o corpo da vítima, dois peritos da Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses do Ceará constataram que Alanis Laurindo morreu em decorrência de ``traumatismo crânioencefálico e asfixia mecânica por esganadura, com violência sexual associada``. O assassino usou um objeto ``contundente`` para provocar o ``traumatismo crânioencefálico`` e ``contundente por ação constrictora`` para sufocar a garota. Imobilizada, a menina foi morta por ``meio cruel pela capacidade reduzida de defesa, por sua pouca idade (5 anos), pela multiplicidade, localização e diversidade das lesões``. Pela fragilidade física, Alanis Laurindo não teve a mínima chance de reagir a força brutal imposta por um adulto. O criminoso, segundo o laudo cadavérico, obstruiu a ``boca`` de Alanis durante a ação para evitar qualquer tipo de ``verbalização ou gritos`` que chamassem a atenção de populares. A prova da ação do estuprador, neste momento, está no rastro de escoriações detectado pelos peritos na ``região bucinadora (bochecha) esquerda da face`` da menina. Lugar onde foram encontrados marcas de ``unhas`` do criminoso. O laudo, de duas páginas, revela ainda que o homicida, além de estuprar a garota, também manteve relações anais com ela. De acordo com a análise pericial, o corpo da menina apresentava ``equimose perianal volumosa. Rastro escoriativos ungueais (arranhões produzidos por unhas) na região perianal e presença de grande dilatação do esfíncter anal, com equimose na parede retal lateral direita e posterior. Típicos de prática de sodomia (introdução de instrumento contundente no reto) com uso de violência física efetiva``. Antônio Carlos Xavier, que confessou o crime para o delegado Lira Ximenes, mudou a versão da confissão em entrevista à TV Jangadeiro. No entanto, materiais recolhidos do corpo da vítima e do próprio Antônio Xavier, segundo a Imprensa apurou, devem revelar o contrário. Para a Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses, segundo consta no laudo cadavérico, foram remetidos, além de roupa, esperma e sangue, ``dois filamentos negros, crespos, podendo representar pêlos pubianos de adulto`` que foram encontrados no abdômen da garota.