Diante da resistência de Tasso Jereissati (PSDB) em disputar o Governo do Estado, o tucanato traça agora uma estratégia paralela para as eleições deste ano: quer ficar com a vice-governadoria. Hoje, o cargo é ocupado pelo PT, principal aliado do governador Cid Gomes (PSB) desde 2006.
A defesa da nova tese está sendo feita por alas do ninho. E surge exatamente quando o PSDB depara-se com a falta de nomes para uma disputa pelo comando do Palácio Iracema. À boca miúda, especula-se os nomes de Luiz Pontes (ex-senador e hoje suplente de deputado) e Cirilo Pimenta – deputado com colégio eleitoral restrito ao Sertão Central. Contudo, somente Pimenta aceita o desafio publicamente. Pontes prefere concorrer a uma das 22 cadeiras da Câmara Federal. A revelação foi feita à Imprensa pelo ex-deputado e candidato à Assembleia Legislativa, Francini Guedes, numa entrevista no Aeroporto Internacional de Fortaleza. “Pelo tamanho que tem, o PSDB merece o posto numa composição com o PSB para apoiar a reeleição do governador”, resumiu. Atualmente, a legenda tem a maior bancada da AL (com 13 componentes), mais de 50 prefeituras no Ceará, dois deputados federais e um senador. Guedes revelou até quem estaria sendo ventilado para substituir Francisco Pinheiro (PT) na vice-governadoria. Segundo ele, o deputado licenciado e titular da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Marcos Cals, é o mais cotado. Entretanto, os deputados Moésio Loiola e Raimundo Gomes de Matos também são citados, assim como Cirilo Pimenta. “Já que o Tasso não quer postular, eu defendo que apoiemos a candidatura do Cid”, pontuou.
A defesa da nova tese está sendo feita por alas do ninho. E surge exatamente quando o PSDB depara-se com a falta de nomes para uma disputa pelo comando do Palácio Iracema. À boca miúda, especula-se os nomes de Luiz Pontes (ex-senador e hoje suplente de deputado) e Cirilo Pimenta – deputado com colégio eleitoral restrito ao Sertão Central. Contudo, somente Pimenta aceita o desafio publicamente. Pontes prefere concorrer a uma das 22 cadeiras da Câmara Federal. A revelação foi feita à Imprensa pelo ex-deputado e candidato à Assembleia Legislativa, Francini Guedes, numa entrevista no Aeroporto Internacional de Fortaleza. “Pelo tamanho que tem, o PSDB merece o posto numa composição com o PSB para apoiar a reeleição do governador”, resumiu. Atualmente, a legenda tem a maior bancada da AL (com 13 componentes), mais de 50 prefeituras no Ceará, dois deputados federais e um senador. Guedes revelou até quem estaria sendo ventilado para substituir Francisco Pinheiro (PT) na vice-governadoria. Segundo ele, o deputado licenciado e titular da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Marcos Cals, é o mais cotado. Entretanto, os deputados Moésio Loiola e Raimundo Gomes de Matos também são citados, assim como Cirilo Pimenta. “Já que o Tasso não quer postular, eu defendo que apoiemos a candidatura do Cid”, pontuou.
O OUTRO LADO
Caso as previsões de Francini Guedes vinguem, o prejuízo recai principalmente sobre o PT, que perderia lugar de destaque na aliança governista. Entretanto, os petistas já afinam o discurso de oposição à hipótese do PSDB tornar-se o braço direito de Cid Gomes. A primeira recusa vem da Câmara Federal. Também em entrevista no aeroporto, o deputado federal José Airton Cirilo utilizou-se da mesma retórica tucana para justificar por que o cargo deveria permanecer com a legenda. Alegou que a agremiação tem tamanho e musculatura para reivindicar não só a vice, mas também uma das vagas do Senado Federal. Além da Presidência da República – que influencia em muito as sucessões estaduais, o PT comanda a Prefeitura de Fortaleza, tem quatro deputados federais e quatro estaduais – um deles é líder do Governo na AL.
Cirilo chegou a dizer que, se desejasse, o partido teria corpo até para lançar chapa própria ao Palácio Iracema. Porém, vai cumprir o acordo de apoio à reeleição de Cid. “Quanto à vice-governadoria, isso está a cargo da Presidência Estadual do PT”, comentou, referindo-se à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que entra no lugar de Ilário Marques.
Cirilo chegou a dizer que, se desejasse, o partido teria corpo até para lançar chapa própria ao Palácio Iracema. Porém, vai cumprir o acordo de apoio à reeleição de Cid. “Quanto à vice-governadoria, isso está a cargo da Presidência Estadual do PT”, comentou, referindo-se à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que entra no lugar de Ilário Marques.
FALTA CORAGEM
Já o deputado Guaracy Aguiar (PRB) fez outra análise sobre a tal estratégia paralela do PSDB. O parlamentar tipificou a manobra como reflexo do medo que o ninho tem de confrontar o governador nas urnas. Pesquisas de intenção de voto indicam Cid com o dobro de aceitação de Tasso Jereissati.
Para o republicano, a minoria do PSDB – que, segundo ele, quer ficar com o governador - é quem vai prevalecer. “Eles não vão ter coragem [de sair com chapa própria], porque sabem que não vão ter chance. A senatoria do Tasso é muito mais segura do que uma aventura do PSDB em busca do Governo do Estado”, previu. Guaracy também rechaçou as chances da vice-governadoria ficar com o tucanato. Conforme o deputado, a cadeira deve continuar com o PT.
Para o republicano, a minoria do PSDB – que, segundo ele, quer ficar com o governador - é quem vai prevalecer. “Eles não vão ter coragem [de sair com chapa própria], porque sabem que não vão ter chance. A senatoria do Tasso é muito mais segura do que uma aventura do PSDB em busca do Governo do Estado”, previu. Guaracy também rechaçou as chances da vice-governadoria ficar com o tucanato. Conforme o deputado, a cadeira deve continuar com o PT.
PINHEIRO QUER CONTINUAR VICE
Enquanto o PSDB especula ficar com a vice-governadoria, Francisco Pinheiro (PT) admitiu, pela primeira vez, a pretensão de permanecer no posto. Até então, ele recusava-se a discutir o assunto, dizendo que isso era restrito à cúpula do partido. Assumia apenas que poderia sair candidato a deputado estadual. Ontem, em entrevista no aeroporto antes de seguir para Brasília, ele abriu o jogo. “Se depender de mim, continuo onde estou para continuar ajudando o governador Cid Gomes”, afirmou, emendando que a deliberação final é de Luizianne Lins. Ela deve ser empossada presidente do PT no próximo dia 6 de fevereiro. “Vou trabalhar para permanecer onde estou. Se não der certo, vou para o plano B”, acrescentou. Este plano B seria justamente a campanha com vistas a uma das 46 vagas na Assembleia Legislativa. Além dele, o PT pretende jogar mais nomes de peso na sucessão do Parlamento: o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, e o coordenador político da Prefeitura, Waldemir Catanho. O que o ainda vice deu como certo foi a manutenção do posto para o PT. Ou seja: as alas do PSDB devem acalmar os ânimos. De acordo com Pinheiro, o mesmo acordo citado por José Airton Cirilo engloba também a retenção da cadeira aos petistas. Francisco Pinheiro explicou o porquê do governador não admitir logo que será candidato à reeleição. Sempre que indagado por jornalistas, Cid Gomes diz que só fala de política em abril. “Ele vai concorrer a mais quatro anos. Só não anuncia logo para não encurtar o mandato, que viraria, sem dúvida, uma campanha”, ponderou.
Enquanto o PSDB especula ficar com a vice-governadoria, Francisco Pinheiro (PT) admitiu, pela primeira vez, a pretensão de permanecer no posto. Até então, ele recusava-se a discutir o assunto, dizendo que isso era restrito à cúpula do partido. Assumia apenas que poderia sair candidato a deputado estadual. Ontem, em entrevista no aeroporto antes de seguir para Brasília, ele abriu o jogo. “Se depender de mim, continuo onde estou para continuar ajudando o governador Cid Gomes”, afirmou, emendando que a deliberação final é de Luizianne Lins. Ela deve ser empossada presidente do PT no próximo dia 6 de fevereiro. “Vou trabalhar para permanecer onde estou. Se não der certo, vou para o plano B”, acrescentou. Este plano B seria justamente a campanha com vistas a uma das 46 vagas na Assembleia Legislativa. Além dele, o PT pretende jogar mais nomes de peso na sucessão do Parlamento: o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, e o coordenador político da Prefeitura, Waldemir Catanho. O que o ainda vice deu como certo foi a manutenção do posto para o PT. Ou seja: as alas do PSDB devem acalmar os ânimos. De acordo com Pinheiro, o mesmo acordo citado por José Airton Cirilo engloba também a retenção da cadeira aos petistas. Francisco Pinheiro explicou o porquê do governador não admitir logo que será candidato à reeleição. Sempre que indagado por jornalistas, Cid Gomes diz que só fala de política em abril. “Ele vai concorrer a mais quatro anos. Só não anuncia logo para não encurtar o mandato, que viraria, sem dúvida, uma campanha”, ponderou.
FONTE: Jornal O Estado