A um mês de oficializar a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o PT se lançou numa operação para evitar que sua tradicional disputa interna vire uma pedra no sapato na véspera da corrida ao Palácio do Planalto. Nas próximas semanas, a sigla terá a tarefa de lotear os cargos de sua nova direção nacional e buscará no afago aos grupos que compõem a estrutura partidária uma forma de garantir a unidade durante a campanha. O grupo Construindo um Novo Brasil, vitorioso na eleição interna, por exemplo, decidiu ampliar esse debate com as demais correntes. O encontro - que acontece em São Roque (SP), nos dias 22 e 23 - será reforçado pelas tendências Novo Rumo e PT de Luta e de Massa. O objetivo do convite é abrir a discussão sobre a distribuição dos dez assentos a que a chapa de Eduardo Dutra tem direito na Comissão Executiva Nacional. O estatuto do PT define que as 18 cadeiras da Executiva e 81 assentos do Diretório Nacional sejam distribuídos com base na proporcionalidade de votos obtidos pelas chapas.