A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou um balanço das ações contra jornalistas em todo o mundo no ano de 2009. De acordo com a entidade internacional, que atua em defesa da segurança e liberdade dos profissionais de imprensa, 76 jornalistas foram assassinados nos 12 meses do último ano, 30 deles apenas em um massacre nas Filipinas. Os números representam alta de 26% em relação ao ano anterior. Segundo a RSF, as guerras e o questionamento de processos eleitorais foram as principais fontes de perigo para a imprensa. No balanço, a organização destaca as detenções e condenações surgidas após as revoltas às eleições presidenciais no Irã, que mantiveram Mahmoud Ahmadinejad no poder. A entidade aponta que 157 jornalistas abandonaram seus países por medo de represálias e violências. Foram registrados também 33 sequestros e 1456 agressões físicas contra profissionais de imprensa em todo o mundo. "Nossa maior preocupação com respeito a 2009, é o êxodo de jornalistas procedentes de países repressivos, como Irã e Sri Lanka. As autoridades desses países se deram conta de que incitando os jornalistas a irem embora reduzem consideravelmente o pluralismo de ideias e o nível de crítica. Trata-se de uma tendência muito perigosa e é absolutamente necessário denunciar com toda a força de que somos capazes", disse Jean- François Julliard, secretário geral da organização.