quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caso parecido: Escândalo dos Banheiros (Pintoretama-CE) e as 8 Casas da gestão Cardoso Mota, em Icó (CE)



Será mera coincidência?

O escândalo dos "banheiros" desvendado recentemente pelos órgãos de fiscalização e que acarretou no afastamento do presidente Teodorico Menezes da Presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem todos os ingredientes comparativos de um episódio que ocorreu em Icó (CE) durante o mandato desastroso do ex-prefeito Cardoso Mota (PSDB) - 2005/2008.

O escândalo dos "banheiros" ocorreu precisamente no município de Pindoretama, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza, onde uma associação cultural deveria ter recebido 200 kits sanitários provenientes de um programa da Secretaria das Cidades do Ceará, comandada pelo petista Camilo Santana, um dos pré-candidatos do partido para a Prefeitura Municipal da capital. Por sua vez, o dinheiro foi entregue, mas os banheiros nunca foram erguidos, para a surpresa de todos e dos órgão de controle. A entidade recebeu a primeira parcela de recursos (R$ 200 mil) em junho de 2010. Três meses depois, a pasta autorizou mais uma remessa de R$ 200 mil, sem que a associação tenha feito a comprovação parcial dos gastos da primeira, conforme identificou o Ministério Público de Contas.

O fato é tão parecido com um caso que ocorreu no município de Icó no mandato passado. Na gestão Cardoso Mota, o que era para ter sido um marco de sua administração, acabou sendo uma verdadeira vergonha. Na época, era para ter sido construído milhares de casas populares para as pessoas de baixa renda na localidade do Conjunto Gama, entre a Ponte Piquet Carneiro e o Bar Cajueiros Drink's. Mas, o resultado foi meio duvidoso e até hoje a população icoense está sem saber ao certo o que aconteceu com o dinheiro público aplicado. Sem explicações, a Prefeitura Municipal entregou somente oito residências pequenas em detrimento do projeto inicial que tinha por objetivo construir diversas moradias.

O lugar hoje é denominado de "8 Casas" numa alusão as somente oito moradias construídas e entregues. Está lá para todo mundo vê. Enquanto os recursos sumiram, ninguém sabe, ninguém viu, a população carente de Icó ficou sem uma resposta. E o que é pior. Não foram contempladas com um digno Conjunto Habitacional, com água encanada, banheiro decente para as suas necessidades fisiológicas, área de lazer para as crianças e jovens, urbanização, dentre outras ações.

Os casos, tanto o de Icó, como o de Pindoretama, são parecidos, sim! A verba chega nos municípios. O problema é que as obras não são concluídas, como bem disse o caderno "Regional", do Diário do Nordeste, em reportagem publicada recentemente. "Isso é uma vergonha", parafraseando o jornalista Bóris Casoy.

É hilário como alguns "políticos" brincam com o dinheiro do povo, indo contra a população mais carente, que necessita de uma saúde de qualidade, de uma educação de referência, de saneamento básico, de habitação popular e de emprego.

Um outro Icó é possível! Basta querer!