O dia 14 de novembro de 1983 ficou marcado para a história política de Icó e seus munícipes. Falecia o maior líder político da cidade. Trata-se de José Walfrido Monteiro, ex-prefeito e ex-deputado estadual, chegando a ser vice-líder do governo. Foi filiado ao extinto PDS e tinha trânsito livre nas administrações de Virgílio Távora e Gonzaga Mota.
Era um político carismático e hábil nas suas articulações políticas. Realmente foi uma perda irrepável para o município icoense. Foi graças ao seu desempenho como prefeito e parlamentar que a cidade de Icó pôde receber diversos benefícios, como a Receita Federal, um anexo da Secretaria da Fazenda do Ceará (SEFAZ), a sede da extinta Delegacia de Educação (14ª DERES), hoje chamada 17ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CERES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Terminal Rodoviário Governador Virgílio Távora, 17ª Regional de Saúde, dentre outros patrimônios públicos.
Depois dele, a única administração que deu valor e que fez por onde ser elogiada foi a do seu irmão Aldo Marcozzi Monteiro, até hoje lembrada pelos icoenses como o melhor prefeito da cidade do Senhor do Bonfim. Este, por sua vez, chegou a ser presidente da Associação dos Prefeitos e Municípios do Estado do Ceará (APRECE).
Infelizmente, dos anos 90 para cá, o município vem sofrendo com a desorganização administrativa de seus gestores, que colocam o individualismo em detrimento da coletividade. O que, para muitos homens de bem do Icó, é uma verdadeira lástima. Parece que José Walfrido Monteiro, ao nos deixar, já sabia que os políticos que o sucederam, não iriam desenvolver e progredir o nosso torrão icoense. Por isso, nos deixou saudades. Parece que está longe de termos um prefeito do porte dele, que era considerado um excelente orador, um ótimo articulador político e que só não chegou a ser governador do Ceará porque DEUS o levou primeiro para brilhar na eternidade.
Ainda estou para ver um político icoense como ele. Se um dia, o Palácio da Alforria teve como mandatário José Walfrido Monteiro, hoje temos Marcos Nunes. Daí, caros leitores, tirem as suas próprias conclusões.