quarta-feira, 6 de abril de 2011

É preciso uma mobilização mais enérgica contra a dengue em Icó!*

Fiquei assustado e preocupado com a manchete do Jornal O Povo publicado, no último sábado (2), "DENGUE FOGE AO CONTROLE", isso é alarmante. Em apenas uma semana, o Ceará registrou 1.438 casos de dengue. Desde janeiro, 20 pessoas morreram. Diante do quadro, EPIDEMIA pode ser anunciada na próxima segunda pelas secretarias da saúde, que alertam: é preciso mais mobilização em casa.

Agora, nos reportaremos em relação ao Icó, este se encontra na 3ª colocação do ranking dos municípios com mais casos confirmados, sendo: 366 casos e 1 óbito de Febre Hemorrágica. E, no ranking regional, se tratando da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde, sediado em Icó, com a cobertura de outros seis municípios, encontra-se na 1° colocação, com - 366 casos (112 em janeiro; 220 em fevereiro; 34 em março) e 1 morte por Febre Hemorrágica.

Esses dados foram confirmados pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta sexta-feira (01). Com a atualização semanal dos números no site oficial.

Dengue é uma doença traiçoeira. Eu contraí dengue, em fevereiro, quando terminou minhas férias vim para a capital, no outro dia, comecei a sentir os sintomas. Fiz uma consulta com um primo que é médico, o qual me passou os remédios necessários e exame de sangue que confirmou a doença. Fiquei mais de uma semana de cama. Gastei em torno de mais de trezentos reais, mas graças a Deus estou melhor.

Então, esta minha confirmação da doença já não foi registrada no município, e, quantos e quantos nem chegam a fazer o exame, ficam bom e não procuram mais o Hospital e/ou os postos de saúde para se certificarem a certeza da doença ou não.

Em novembro quando estive em Icó tive a oportunidade de conversar com dois agentes de endemias, por questão de ética não vou citar-lhes os nomes, haja vista já conhecer o modus operandi dessa administração.

Perguntei-os se haveria a possibilidade de acontecer um surto de dengue na cidade, pasme vocês com a resposta: "é certeza, não tivemos o básico para trabalhar, por exemplo, material, fardamento, um carro para nos deslocarmos para a zona rural; reajuste salarial; sem data fixa para o recebimento dos vencimentos, que resultaram em greves, mas com tudo isso, fizemos o que podíamos".

Todavia, começou em janeiro a lotação no Hospital Regional de Icó, o povo com suspeita de dengue; às farmácias triplicou as vendas do remédio, tylenol; eram feitas denúncias na rádio Brasil FM. O que gerou um abaixo assinado para chamar a atenção das autoridades responsáveis.

Por conta disso, o competente Ministério Público local, representado pelos ilustríssimos Dr. Luciano Tonet e Drª. Kamila Ferraz promoveram uma audiência pública, no dia 20 do mês de janeiro relacionado ao problema da dengue no município.

Onde estavam presentes, o prefeito municipal de Icó, Marcos Nunes, vice-prefeito, Charles Peixoto, secretário de saúde, Daniel Peixoto, vereadores tanto da situação e oposição, além dos representantes do AGEMI (Associação dos Agentes de Endemias do Município de Icó), SINDSEPMI (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Icó), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), através da microregião de saúde, imprensa e demais autoridades. Veja matéria publicada pelo Icó é Notícia à época.

Resultou, também, em audiência pública realizada pela prefeitura no dia 24 do mês de janeiro, no Teatro da Ribeira dos Icós. E, por último, a ida do Secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, no dia 12 de fevereiro.

Fiz essa retrospectiva para mostrar que não basta só às autoridades competentes agir. É preciso que você e seus vizinhos também façam sua parte, eliminem qualquer objeto com chance de acumular água.

As campanhas estão nas ruas. Não dedicar uma hora do seu dia para vedar a caixa ou limpar o quintal pode custar uma vida.

Voltaremos ao assunto.

# Texto escrito e enviado para o Blog, por email, pelo acadêmico de Direito, Victor Luiz Monteiro Pontes, icoense, do site Icó é Notícia e da Brasil FM.