Icó atualmente tem quatro ex-prefeitos (Quilon Peixoto Farias, Oriel Nunes, Neto Nunes e Cardoso Mota), além de um interino (Jaime Júnior) e um atual (Marcos Nunes).
Os dois últimos concorrem nestas eleições. Um tentando a reeleição. E o outro buscando se eleger prefeito de Icó para continuar o excelente trabalho que realizou durante os oito meses em que administrou o Palácio da Alforria.
Ainda estamos no início da campanha eleitoral. Muita água vai rolar na terra da ribeira dos Icós. Mas notamos um desejo de mudança no ar. O povo da oposição está mais agressivo e disposto a mudar a realidade em que se encontra o município icoense atualmente.
Os quatro primeiros ex-prefeitos citados acima passaram 26 anos no poder. Somente Quilon Peixoto Farias governou o Icó por longos dez anos (seis no primeiro mandato em plena Ditadura Militar e quatro anos no segundo mandato já após a redemocratização do País). Já Neto Nunes é o primeiro prefeito icoense reeleito da história do município. Administrou a Prefeitura Municipal entre 1997 e 2004.
Juntando os 26 anos do Quarteto Agreste com mais os quatro anos do atual prefeito Marcos Nunes, candidato em potencial a reeleição, soma-se 30 anos de revezamento de duas famílias políticas, disputando o poder pelo o poder. É um projeto exaurido, conforme já foi noticiado aqui nesse espaço de comunicação online.
Agora é!
Está em jogo o futuro do município de Icó. De um lado, o candidato que representa a continuidade. Representa, por procuração, as ideias antigas dos tempos em que o Icó era governado pelos coronéis de plantão. Representa propostas conservadoras, a base do clientelismo e de perseguição política. Já do outro lado está o postulante que pode fazer muito mais. Em oito meses já provou o que é capaz. Imagine se o mesmo tiver a oportunidade de gerenciar o dinheiro público icoense por longos quatro anos? Só depende de cada eleitor que sairá de sua residência no dia 07 de outubro para votar em um dos dois prefeituráveis.
Será que já não está na hora de acontecer uma mudança profunda na política de Icó? São 30 anos de governo. Será que já não está bom para a situação, ora detentora do poder municipal?
Não podemos ser hipócritas. O fato é que os ex-prefeitos Quilon Peixoto Farias e Oriel Nunes já estão cansados politicamente. Já trabalharam muito e aqui reconhecemos a força de vontade de ambos. O ideal é deixar que a juventude icoense comece a se engajar na política. O futuro é dos jovens. A mudança passa pelos mais jovens.
Enfim, Neto Nunes, na primeira vez que se elegeu prefeito em 1996, foi consagrado pelos jovens. Do mesmo modo, foram os jovens que premiou Cardoso Mota em 2004. Idem com Marcos Nunes em 2008 (iludidos com o pão e circo) e, agora, será esta mesma juventude que vai fazer a diferença. E esta diferença já é sentida nos quatros cantos de Icó.
A juventude já decidiu. 07 de outubro comprovará o que estamos falando agora. Quem sobreviver, verá!
