É impressionante como a Justiça é frágil em todos os aspectos. Existe "brecha" em tudo o que é Lei. É trágico e - ao mesmo tempo - cômico.
Em menos de 24 horas, o prefeito de Icó, Marcos Nunes (PMDB), candidato em potencial a reeleição, consegue "liminar" e continua no cargo, mesmo sabendo que foi beneficiado com a gestão do ex-prefeito Cardoso Mota (PSB) durante a eleição de 2008, quando venceu aquele pleito eleitoral.
Com isso, a decisão do promotor e do juiz da Comarca de Icó ficou relegada a último plano. O que prevaleceu foi a força de alguns advogados, que conseguiram reverter a situação em favor do prefeito cassado por abuso do poder econômico. Ou melhor: por compra descabida de votos durante a eleição de 2008.
Ter competentes advogados a seu favor é com certeza uma tática política acima do normal. Foi o que aconteceu nesta sexta-feira (06), quando o povo de Icó ficou sabendo que o seu prefeito permaneceria no cargo, apesar de todas as provas apresentadas pela Justiça local.
Pois bem! Que serventia tem um promotor e um juiz local se o que prevalece é a decisão de instâncias superiores? Pelo que sabemos, é na Justiça de cada município que os problemas acontecem e precisam de solução.
O que não pode é alguns "poucos" serem beneficiados por liminares frágeis e "compradas", mesmo todos sabendo que a nossa Justiça está atenta e não vai aturar certas irregularidades na eleição de 2012.
Esta decisão assinada pelo juízo icoense há muito tempo que estava na mesa do juiz Herick Bezerra Tavares. Saiu no momento certo, em pleno Forricó e após as convenções municipais. E para os "alegrinhos de plantão", como bem disse o fisioterapêuta Marcos Barreto, via facebook, esta eleição vai ser decidida em dois turnos: eleitoralmente e judicialmente. E ele tem razão!
Que toquem os tambôres! E que venha a próxima decisão judicial. Será há daqui duas semanas? Ou só em agosto? Não, acredito que seja na semana da votação para decidir de vez quem será o futuro prefeito de Icó, igualmente como ocorreu em 2008. Será? Quem sobreviver, verá! Verá?
