sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quem é o dono da verdade?

Na última semana, os meios de comunicação do Icó (Ce), fizeram uma campanha enorme, acerca da situação da saúde pública em nosso município.

Foi feito um abaixo-assinado e entregue ao Órgão Ministerial local. Registro que assinei como tantos outros icoenses que buscam melhores condições dos serviços públicos.

Os vereadores, da oposição, segundo o Dr. Luciano Tonet, Promotor de Justiça, alegaram, entre outros fatos:

1. Que não existia médico no hospital regional;

2. Que não existia soro no hospital regional;

3. Que não existia remédios no hospital regional;

4. Que a água do Rio Salgado, que está abastecendo o Município, encontra-se poluída;

5. Que tinha sangue vencido no hospital regional.

Semana pretérita, os dois promotores de Icó, visitaram in loco o hospital Regional de Icó e puderam levantar a verdade dos fatos.

Em pronunciamento na Rádio Brasil-FM, nessa quinta-feira (20\01), o próprio promotor Dr. Luciano Tonet, assegurou que as informações eram equivocadas, para não usar o termo “mentirosas”.

Levantou-se, doravante, que o regional necessita de melhor limpeza, bem como em relação ao Raio-X que continua quebrado.

Quanto à água, também ficou constatado, que a informação não era correta, pois, o SAAE de Icó tem excelente laboratório. A água pode ser servida ao público sem perigo algum.

Quanto ao sangue vencido, também matéria veiculada na imprensa local, o HEMOCE e a Dra. Socorro, bioquímica do estado, afirmam ser improcedente a informação.

É preocupante a situação. Todo fuxico vira matéria. Toda matéria, mesmo sem procedência, vira notícia.

O jornalista Voltaire Xavier, em recente artigo nesse canto de página, deixou claro que na faculdade de “comunicação social”, ensina que nenhuma matéria jornalística de cunho público, que envolva maiores esclarecimentos, deve ser publicada sem ouvir o contraditório e a ampla defesa. Sem ouvir a parte reclamada, não sugere divulgação.

Caso contrário estaremos correndo o risco da verdadeira epidemia: “o tumulto da falsa informação”.

(Texto escrito pelo advogado icoense Fabrício Moreira da Costa).