Não acredito neste dito popular "filho da terra é mioca". Em política, essa afirmação não é cabível. Um filho da terra sendo um líder em todas as esferas de poder, só quem ganha é o município e seu povo. A história política de Icó já foi tão massacrada, que não merece mais passar por isso.
Em época de eleições aparece mil e um candidatos pedindo voto no Icó e depois desaparecem sem darem a mínima explicação. Em 2006, um batalhão de candidatos, principalmente a deputado estadual, apareceu na cidade para surrupiar os cidadãos de bem de Icó. Quem não lembra os discursos inflamados de Adahil Barreto (PR), Domingos Filho (PMDB) e Marcos Cals (PSDB)? Pois bem!
Adahil tirou mais de quatro mil votos, com o apoio dos ex-prefeitos Quilon Peixoto Farias e Cardoso Mota, ambos do PSDB. Domingos Filho recebeu um pouco mais de 800 sufrágios, de amigos do ex-vice-prefeito e ex-vereador Fabrício Moreira (PHS) e Marcos Cals, à época presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, recebeu, nada mais, nada menos, do que apenas 200 e poucos votos. Este último teve o apoio incondicional do ex-prefeito Jaime Júnior (DEM).
Enquanto Neto Nunes (PMDB) obteve mais de 16 mil votos só na cidade de Icó, o que não foi pra menos. É ex-prefeito e herdeiro do ex-prefeito Oriel Nunes (PMDB). O que demonsta, mais uma vez, que o povo de Icó está maduro o suficiente para eleger representantes da terra. Se confirmar uma ou as duas candidaturas (Jaime e Neto), quero assistir de camarote o insucesso de alguns candidatos "forasteiros" nas urnas. Se concretizar este fato é porque a minha tese está mais do que correta.
O povo de Icó está esperando uma eleição com Neto e Jaime disputando uma cadeira que hoje pertence ao primeiro. Seria muito interessante se estes dois icoenses trabalhassem para garantir, cada um ao seu estilo, uma eleição vitoriosa. E por que não as duas eleições? Isso é plenamente possível. Digo dois icoenses porque considero Jaime Júnior um icoense nato. Não o considero "uma mioca". Até porque fez carreira política em nossa bela e querida secular cidade de Icó.
O que não posso concordar são com as "miocas" que só aparecem no município de dois em dois anos. Os três mencionados acima (Adahil Barreto, Domingos Filho e Marcos Cals) podem até ter feito algo por nossa terra, mas nada se compara com um icoense reivindicando nossas prioridades aqui na tribuna da Assembleia Legislativa. É isso que estou defendendo. Eu, pelo menos, não vi nenhuma grande ação do deputado Adahil Barreto, a não ser o calçamento de algumas ruas, verba conseguida por ele. Já Domingos Filho, o que sei é que levou luz para a serra e como presidente do Legislativo Estadual que é hoje, nada fez pelo povo de Icó, enquanto sua Tauá está indo de vento em polpa. E Marcos Cals, o que consigo lembrar é que concluiu a Cadeia Pública, mas só o fez porque era o titular da Secretaria de Justiça, cargo que deixou recentemente.
Cuidado! A campanha está aí bem pertinho. Votem conscientes para não se arrependerem por mais quatro longos anos. Pensem nisso!
"Fica o registro!!!"