quarta-feira, 7 de abril de 2010

7 de abril - Dia do Jornalista


7 de abril, Dia do Jornalista, marca a criação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no ano de 1908. Um século depois, essa data torna-se ainda mais simbólica para a categoria do que nos anos anteriores. É o primeiro Dia do Jornalista após a decisão equivocada do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, em 17 de junho de 2009. Apesar desse golpe e de vir sendo duramente atacada pelos donos do poder e da mídia, a categoria tem dado sucessivas demonstrações de união e de organização. A queda da obrigatoriedade do diploma levou os jornalistas à luta vitoriosa pela aprovação das Propostas de Emenda Constitucional (PECs) na Câmara e no Senado com o objetivo de restabelecer essa obrigatoriedade. Nas duas casas legislativas, as PECs já foram aprovadas nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ). Essa é uma batalha que não é apenas da categoria, mas de toda a sociedade, que tem direito a uma comunicação realmente democrática e desenvolvida por profissionais qualificados. A categoria também mostrou mobilização em defesa dos direitos do trabalhador e de condições de trabalho adequadas. No Ceará, as últimas convenções coletivas de trabalho fechadas para os profissionais de veículos impressos e eletrônicos asseguraram aumento real de salário e apontam para a conquista de novos direitos. O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) querem mais do que a exigência do diploma, critério mínimo para qualidade profissional. Trabalham também por uma nova e democrática Lei de Imprensa; pelo Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ); e pela implementação de várias outras propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro de 2009. O VIII Congresso Estadual dos Jornalistas, a ser realizado de 9 a 11 de abril, será o espaço ideal para o debate desses e de outros temas caros à categoria. A informação não pode ser tratada meramente como uma moeda de troca, visando apenas vantagens para um pequeno grupo, mas sim um bem social que deve ser valorizado em benefício de toda a população. O jornalista precisa, portanto, tomar o lugar que de fato lhe cabe nessa trincheira em favor da consolidação da democracia. A ética e a responsabilidade com a informação e a defesa de mecanismos de controle social dos meios de comunicação são as principais armas nesse combate diário.


Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce)