Estávamos no segundo ano da administração do ex-prefeito de Icó (CE), Oriel Guimarães Nunes (PMDB), bem como às vésperas de uma eleição geral no Brasil (para presidente da República, governadores de Estado, senadores, deputados federais e estaduais).
Pelo Ceará, era candidato ao Palácio Abolição, o polêmico Ciro Ferreira Gomes, irmão do atual governador Cid Gomes, ambos do PSB. Naquela ocasião, o jovem político era conhecido como uma "revelação política", apoiado pelo então governador Tasso Jereissati (PSDB), de quem foi líder do governo na Assembleia Legislativa.
Em seu entorno estava várias lideranças estaduais de peso, articuladas pelo seu padrinho político, que governou o Ceará por três gestões. Tinha o apoio de vários segmentos da sociedade, desde alguns movimentos sociais até a grupos empresariais, como o CIC - Centro Industrial do Ceará.
O candidato a vice-governador da chapa do também ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional (respectivamente, do governo Itamar Franco e do governo Lula), Ciro Gomes, foi o médico, ex-prefeito "biônico" de Fortaleza, ex-senador e ex-governador Lúcio Alcântara, que na época pertencia ao PDT, de Leonel Brizola. Hoje está no PR.
Foi uma campanha vitoriosa em todos os sentidos. Tasso sabia o que estava fazendo ao tirar Ciro Gomes da Prefeitura de Fortaleza visando o mesmo disputar a eleição para o Governo do Ceará. Nesse caso, coube ao vice-prefeito Juraci Magalhães (in memorian) continuar o mandato e depois trair seus aliados.
Como já é do conhecimento de todos, Ciro Gomes sempre teve uma língua "ferina" em todas as ocasiões em que discursava ou concedia entrevistas. É típico de sua personalidade e assim permanece até hoje (perdendo a chance, inclusive, de vencer a Presidência da República em 2002. Ficou muito tempo em primeiro lugar nas pesquisas, deixando Lula e Serra para trás).
Pois bem! Em uma atitude anti-democrática, o ex-prefeito de Icó, Oriel Nunes, ao saber que Ciro Gomes e sua comitiva promoveria um comício-show na antiga Praça Marcial Teixeira Pequeno (hoje Largo do Theberge) mandou demolir todo o espaço público com a alegativa de que seria construída uma nova praça no lugar, mais moderna e urbanizada (o que de fato aconteceu posteriormente). Mas o intuito inicial era atrapalhar o ato político dos icoenses anfitriões. Leia-se: o ex-prefeito Quilon Peixoto Farias (PSDB) e sua trupe, então derrotado pelo então gestor municipal em 1988 para a Prefeitura Municipal.
Mas não teve jeito. Ciro Gomes e Cia. LTDA fizeram o comício na praça do jeito que estava, toda deteriorada e deu o que falar. Sem medir as palavras, o candidato deferiu vários recados direcionados ao ex-prefeito Oriel Nunes, o chamando, inclusive, de "picareta". Até o ex-deputado federal Moroni Torgan (delegado da Polícia Federal) subiu o tom das críticas contra o gestor icoense, dando um ingrediente a mais para quem esteve presente. O público ia ao delírio.
Hoje, o seu filho é o atual prefeito de Icó. O seu outro filho é da base de sustentação do governo do irmão de Ciro Gomes na Assembleia Legislativa. E Quilon, ex-inimigo político, pertence ao grupo do clã da família Nunes atualmente, tendo o filho Charles Peixoto (PSDB) como vice-prefeito do prefeito Marcos Nunes (PMDB).
Enfim, Ciro Gomes se elegeu governador do Ceará, com uma excelente votação em Icó. Como recompensa, anos depois, já com Quilon (seu aliado à época) como prefeito, autorizou e inaugurou o Centro de Referência Padre José Alves de Macêdo (CERE), mais conhecido como Cirão, além da Casa de Cultura Mariinha Graça, o Centro de Nutrição "Viva Criança" e o Centro "Viva Mulher".
Coisas da política!
>>> Aguarde! Na próxima segunda-feira (12), o "Tiradas do Baú" trará a história de Tereza Evangelista. O leitor vai entender porque ela até hoje é considerada a melhor primeira-dama que o Icó já teve. Ela foi casada com o ex-prefeito Aldo Monteiro (in memorian), com quem tem três filhos. Em seguida veio a separação matrimonial e, vez por outra, visita o município para matar a saudade e onde tem laços familiares. Não perca!
Em seu entorno estava várias lideranças estaduais de peso, articuladas pelo seu padrinho político, que governou o Ceará por três gestões. Tinha o apoio de vários segmentos da sociedade, desde alguns movimentos sociais até a grupos empresariais, como o CIC - Centro Industrial do Ceará.
O candidato a vice-governador da chapa do também ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional (respectivamente, do governo Itamar Franco e do governo Lula), Ciro Gomes, foi o médico, ex-prefeito "biônico" de Fortaleza, ex-senador e ex-governador Lúcio Alcântara, que na época pertencia ao PDT, de Leonel Brizola. Hoje está no PR.
Foi uma campanha vitoriosa em todos os sentidos. Tasso sabia o que estava fazendo ao tirar Ciro Gomes da Prefeitura de Fortaleza visando o mesmo disputar a eleição para o Governo do Ceará. Nesse caso, coube ao vice-prefeito Juraci Magalhães (in memorian) continuar o mandato e depois trair seus aliados.
Como já é do conhecimento de todos, Ciro Gomes sempre teve uma língua "ferina" em todas as ocasiões em que discursava ou concedia entrevistas. É típico de sua personalidade e assim permanece até hoje (perdendo a chance, inclusive, de vencer a Presidência da República em 2002. Ficou muito tempo em primeiro lugar nas pesquisas, deixando Lula e Serra para trás).
Pois bem! Em uma atitude anti-democrática, o ex-prefeito de Icó, Oriel Nunes, ao saber que Ciro Gomes e sua comitiva promoveria um comício-show na antiga Praça Marcial Teixeira Pequeno (hoje Largo do Theberge) mandou demolir todo o espaço público com a alegativa de que seria construída uma nova praça no lugar, mais moderna e urbanizada (o que de fato aconteceu posteriormente). Mas o intuito inicial era atrapalhar o ato político dos icoenses anfitriões. Leia-se: o ex-prefeito Quilon Peixoto Farias (PSDB) e sua trupe, então derrotado pelo então gestor municipal em 1988 para a Prefeitura Municipal.
Mas não teve jeito. Ciro Gomes e Cia. LTDA fizeram o comício na praça do jeito que estava, toda deteriorada e deu o que falar. Sem medir as palavras, o candidato deferiu vários recados direcionados ao ex-prefeito Oriel Nunes, o chamando, inclusive, de "picareta". Até o ex-deputado federal Moroni Torgan (delegado da Polícia Federal) subiu o tom das críticas contra o gestor icoense, dando um ingrediente a mais para quem esteve presente. O público ia ao delírio.
Hoje, o seu filho é o atual prefeito de Icó. O seu outro filho é da base de sustentação do governo do irmão de Ciro Gomes na Assembleia Legislativa. E Quilon, ex-inimigo político, pertence ao grupo do clã da família Nunes atualmente, tendo o filho Charles Peixoto (PSDB) como vice-prefeito do prefeito Marcos Nunes (PMDB).
Enfim, Ciro Gomes se elegeu governador do Ceará, com uma excelente votação em Icó. Como recompensa, anos depois, já com Quilon (seu aliado à época) como prefeito, autorizou e inaugurou o Centro de Referência Padre José Alves de Macêdo (CERE), mais conhecido como Cirão, além da Casa de Cultura Mariinha Graça, o Centro de Nutrição "Viva Criança" e o Centro "Viva Mulher".
Coisas da política!
>>> Aguarde! Na próxima segunda-feira (12), o "Tiradas do Baú" trará a história de Tereza Evangelista. O leitor vai entender porque ela até hoje é considerada a melhor primeira-dama que o Icó já teve. Ela foi casada com o ex-prefeito Aldo Monteiro (in memorian), com quem tem três filhos. Em seguida veio a separação matrimonial e, vez por outra, visita o município para matar a saudade e onde tem laços familiares. Não perca!